A Dama de Vermelho
Título: A Dama de Vermelho
Shipper: GSR
Gênero: Songfic/Romance
Classificação: NC – 13
Sinopse: Grissom e Sara começam a namorar e têm seu primeiro
encontro.
*Fic livremente baseada na música Lady in Red – Chris de
Burgh
Ele estava ansioso. O grande momento estava chegando. Em
pouco tempo se encontraria com ela. Olhou mais uma vez para a sua imagem
refletida no espelho. Não estava mal. Os cabelos grisalhos estavam
cuidadosamente penteados, a barba bem feita, a roupa impecavelmente alinhada.
Trajava um terno preto com uma camisa vermelha por baixo,calça e sapatos também
pretos conforme a ocasião pedia. E para completaruma colônia de fragrância
suave. Queria agradá-la.
Custava a acreditar que aquilo fosse verdade. As vezes tinha
de se beliscar para se certificar de que tudo não tratava de um sonho. Coforme
os minutos iam passando, ele ficava mais nervoso. Sentia-se como um adolescente
indo ao primeiro encontro com a namorada, embora ele já tivesse passado dos
cinquenta anos. Era uma experiência nova para ele. Como comportar-se ante o
primeiro encontro com sua namorada?
Ele riu do próprio pensamento. Namorada! Quem diria que
Gilbert Grissom, o perito conhecido no Laboratório de Las Vegascomo o homem de
gelo, sem coração, teria uma namorada? E ainda por cima mais nova que ele e sua
subordinada? O que seus amigos diriam? O que diria Ecklie? O relacionamento
deles era segredo, pois havia uma regra no departamento que proibia o
relacionamento afetivo entre supervisor e subordinado. Com certeza se os seus amigos e colegas de
trabalho soubessem, não acreditariam e quanto a Ecklie, na certa ele
encontraria uma forma de despedí-los. Devido a isso, decidiram manter o
relacionamento em segredo e isso o tornava mais emocionante.
Olhou para o relógio que trazia em seu pulso. Estava quase
na hora de se encontrarem. Ele havia feito reservas no melhor restaurante de
Vegas. Marcaram de se encontrarem lá. Sara era independente demais para aceitar
que ele a buscasse em casa. E não foi por falta de insistência. Ele fizera de
tudo, usara todos os argumentos para convencê-la a aceitar seu pedido, mas a
morena se mostrou irredutível. Talvez fora essa determinação o que fizera com
que ele se apaixonasse por ela. Ele não sabia.
Pegou as chaves do carro e desceu as escadas do prédio onde
morava assoviando uma canção alegre. Estava feliz. Entrou no carro, deu partida
e em poucos minutos chegava ao restaurante onde fizera as reservas.
Era um ambiente sofisticado, bem localizado. Aquele era o
melhor restaurante da cidade. Os garçons circulavam silenciosamente por entre
as mesas forradas com toalhas impecavelvemte brancas. Ao fundo havia um tablado
onde ficavam os músicos e uma pista de dança para os casais apaixonados.
Grissom olhou satisfeito para interior do restaurante. Não poderia ter feito
escolha melhor. Valera a pena a espera. Sara merecia tudo aquilo e o momento
pedia tanto esmero, afinal se tratava do seu primeiro encontro com sua
namorada.
Aproximou-se da recepcionista e deu seu nome. Foi conduzido
para a sua mesa. Chegou um pouco adiantado. Ela ainda não estava lá. Pediu ao
garçom uma garrafa de vinho tinto que em pouco tempo foi trazida à sua mesa.
Ele viu a bebida ser despejada com cuidado em sua taça. Bebericou lentamente
enquanto esperava ansiosamente por Sara.
Alguns minutos se passaram e ele ouviu um alvoroço. Todos os
homens presentes ali voltaram sua atenção para a porta de entrada. Grissom fora
o único que não se movera. A única pessoa que lhe importava ainda não chegara.
“E se ela tiver desistido?” , ele pensou
mas logo afastou esse pensamento. Sara
não faria isso. Não ela.
Pela entrada do restaurante, uma mulher esplendorosa, de
cabelos e olhos castanhos, trajando um belo vestido vermelho que lhe moldava o
corpo, entrava elegantemente. Trazia em seu pescoço uma correntinha de ouro com
um pingente de borboleta. Ela parecia deslizar pelo chão de tão suave que era
seu andar. Em suas mãos trazia uma carteira preta. A maquiagem suave realçava o
brilho de seu rosto. Era a mulher mais bonita de todo o restaurante. Cada vez
mais aumentava o burburinho entre os homens que não paravam de se perguntar
quem seria aquela mulher maravilhosa que acabara de entrar. Também não cessavam
os elogios à sua beleza. Grissom sem querer lançou um olhar em sua direção.
Estava curioso, mas mais ansioso estava pela chegada de Sara, que demorava.
Quando o seu olhar se encontrou com o
dela, ele engoliu em seco. Ficou estático, sem fala.
Ele mal podia acreditar no que seus olhos viam. Era ela. A
sua Sara. Ela era a formosa dama de vermelho que fizera os homens suspirarem encantados.
Ele olhou à volta. Todo o time masculino dali mantinham o
olhar fixo nela, como se etivessem vendo uma sereia. Todos desde os jovens até
os mais velhos como ela, não paravam de olhá-la. As mulheres lançavam olhares
de pura inveja para ela. Se ela percebeu os olhares que eles lhe lançavam, não
deixou transparecer. Ele se sentia orgulhoso, pois a dona de tanta beleza era
sua namorada e de mais ninguém.
Ela seguiu impoluta pelo corredor do restaurante. Ela abriu
um sorriso encantador quando o seu olhar encontrou com o de Grissom. Caminhou
mais alguns passos para chegar até onde ele estava. Ele se levantou e fez
questão de puxar a cadeira para que ela se sentasse. Ela sentou-se. E ele ficou
de frente para ela.
Ele a olhava admirado. Nunca a vira tão tão bela. Estava
acostumado a vê-la sempre com as roupas de trabalho, que vê-ladaquela forma
sensual e linda, lhe dava a sensação de se tratar de uma outra pessoa. Mas não
se tratava de outra pessoa, era ela mesma quem estava sentada à sua frente.
Sentia-se um privilegiado. Os outros não teriam a mesma oportunidade. Eles
podiam somente observá-la, enquanto ele podia tê-la junto a si. Ele era o dono
daquela jóia preciosa. Foi tirado do seu devaneio pelo comentário que Sara
fizera:
_ Este restaurante é muito lindo e aconchegant, Griss.
_ Você merece, minha querida. A propósito você está linda!
Ela corou. Não estava acostumada a receber elogios.
_ Obrigada!
Fizeram os pedidos e jantaram silenciosamente.
Comunicavam-se apenas com sorrisos e olhares. Sara olhava para a pista de
dança. O local onde estavam dava uma visão perfeita da pista que naquele
momento estava vazia. Quando a banda omeçou a tocar suavemente uma música
lenta, eles ainda permaneceram em seus lugares desfrutando da presença um do
outro, longe das paredes e dos olhares curiosos e interrogativos do pessoal do
laboratório. Ali podiam agir livremente sem se preocupar com o que os outros
pensariam. Aproveitariam o momento. Decidiriam que respostas dariam aos amigos
quando eles perguntassem o que cada um fizera durante a sua noite de folga. Mas
agora só pensavam no que estavam vivendo naqquele momento.
A chegada de um jovem rapaz quebrou o diálogo silencioso
estabelecido por eles.
_ Com licença senhor, mas o senhor permite que eu tenha a
honra de dançar com a sua sua linda filha? – disse o rapaz galantemente,
olhando diretamente para Sara.
Grissom fechou o cenho. Sara ria disfarçadamente. Que
ousadia! Como outro homem ousava convidar sua mulher para dançar? E porque
pensavam que ela era sua filha? Um homem mais experiente não pode namorar uma
mulher mais jovem? Isso era por acaso um pecado ou crime? Olhando nos olhos do
rapaz lhe respondeu secamente:
_ Não. Ela não pode. E esta linda dama não é minha filha, é
minha namorada!
_ Oh! Me desculpe! – ele gaguejou – eu não fazia ideia.
Ele desculpou-se e saiu tremendo.
Ainda foram interrompidos por outros homens que insistiam em
tirá-la para dançar e tentar conquistá-la. Grissom suspirou. Era a sua ve de
fazer o pdido para ela.
_ Minha querida! -
ele disse afagando-lhe a mão – concede-me a honra desta dança?
Ela riu o mais belo dos sorrisos.
_ Gil, você sabe que u não sei dançar... – ela objetou.
_ Vamos querida! Eu te ensino. É só você se deixar levar
pela música e me deixar te guiar.
Tomou a mão dela sob a sua e conduziu-a à pista de dança sem
esperar pela resposta dela.
Tocou suavemente a face dela, fazendo uma leve carícia. Ela
estremeceu e fechou os olhos. Aproximou seu corpo do dela. Com uma das mãos
envolveu-lhe a cintura fina, trazendo-a para ainda mais perto de si.
Começaram a movimentar-se pela pista de dança bm devagar.
Ele aproximou sua boca do ouvido dela e sussurrou-lhe:
_ Eu nunca tinha visto você tão bela quanto esta noite.
Ela sorriu. Sem quebrar o encanto que se formou ali, ela
respondeu:
_ Eu queria impressionar você. Eu consegui?
_ Pode apostar que sim, querida. Eu nunca tinha te visto
brilhar tanto... – ele afagou mais uma vez o rosto dela.
Ela repousou o rosto no ombro de Grissom. Estava deliciada
com as palavras carinhosas que ele proferia. Ele continuou:
_ Eu nunca tinha visto tantos homens te convidando para
dançar... – ele disse com um leve tom de quem estava enciumado – Eles estão
procurando um pouco de romance,
Ela assentiu afirmativamente.
_ Dê a eles uma chance...
– ele brincou.
_ Tem certeza de que é isso o que você quer? – ela fez que
se afastaria dele – acho que aqule garoto ainda está por aqui...
Grissom a puxou para si novamente, forçando ainda mais o
contato entre eles.
_ Eu não estava falando sério... Não vou deixar qu outro
tome o que eu levei anos para conquistar.
_ Eu também não
estava falando sério. Eu só quero você.
Eles riram. Grissom fez com que Sara rodopiasse e olhou-a de
cima a baixo.
_ Eu nunca tinha visto este vestido que você está usando.
_ Comprei especialmente para o nosso encontro, para você.
Gostou?
Ele assentiu.
_ Ou os adornos em seu cabelo qu realçam seus olhos.
_ Eu queria estar linda para você.
_ Você é linda querida. Eu estava tão cego Sara. Como eu
pude algum dia acreditar que conseguiria viver sem você?
_ Shiiii! – ela pôs o dedo nos lábios dele – isso já passou.
O importante é que estamos juntos agora.
Grissom riu. Ela dissera a verdade. O importante era que
estavam juntos. O passado era exatamente isso: passado.
_ É verdade amor. A dama de vermelho está dançando comigo.
De rostinho colado. Aquela que é desejada por outros homens – ele disse
sorrindo.
_ Vamos fazer de conta qu não há ninguém aqui, só eu e você.
Aqui nos seus braços é onde eu quero estar sempre – ela disse suavemente.
Enquanto dançavam Grissom deixou-se levar pelas emoções de
estar ao lado de Sara, dançando com ela.
“Amo tanto essa mulher! Mas eu mal conhço essa bela que está
ao meu lado... Há ainda tanta coisa para aprender... seus gostos, suas
preferências, seus sonhos mais secretos...” pensava Grissom. Em voz alta o
suficinte para que somnte la ouvisse, ele disse:
_ Eu nunca esquecerei sua aparência esta noite.
Durante toda a dança eles tiveram consciência do contato de
suas peles. Ela sentia a necessidade de estar intimamente com ele crescer. Não
somnte nela, mas nele também. Já podia sentir os indícios do desejo dele, que
nada mais eram que reflexo do dela. Por isso disse em um sussurro:
_ Podemos continuar nosso encontro em casa? Aqui tem muita
gente.
Ele comprendeu xatamente o que ela queria dizer. Ele sentia
o corpo em chamas. Bastava estar junto dela para que seu sangur fervesse e
dsejasse unir seu corpo ao dela. Por fim disse:
_ Vamos!
Pediram a conta. Pagaram e seguiram para o apartamento de
Grissom. Subiram as escadas em silêncio, de mãos dadas. Entraram no apartamento
dele. Todo o apartamento era decorado com poucos móveis, em tons sóbrios, tudo
de muito bom gosto. Era um apartamento grande, espaçoso. Havia somente o
essencial. Grissom era um homem prático, no que se referia à decoração.
Ela seguiu para o quarto dele. Já havia estado ali outras
vezes. Quando voltou ela vestia uma
camisa dele que mal cobria suas pernas longas.
Ele ligou o aparelho de som. Aproximou-se dela e tirou-a
para dançar novamente. Dessa vez sem ninguém para atrapalhar. Mantiveram os
corpos colados novamente.
_ Eu nunca tinha te visto tão maravilhosa quanto você estava
esta noite – ele disse para ela carinhosamente.
_ Prpare-se querido! Haverá outras vezes. Essa foi a
primeira de muitas.
_ Eu nunca tinha te visto brilhar tanto quanto esta noite,
você estava incrível!
_ É porque eu estava com um homem maravilhoso ao meu lado.
Os dois riram.
_ Eu nunca tinha visto tanta gente querendo estar ao seu
lado. Exceto o Greg e o Nick. Confesso que fiquei com ciúmes.
_ Você sabe que não precisa...
Ele a calou com um beijo suave e breve.
_ E quando você olhou para mim sorriu, você tirou o um fôlgo. Sara, eu nunca
tinha sentido isso, sse sentimento tão completo e absoluto, como eu sinto esta
noite.
Aproximaram ainda mais os corpos como se dessa forma
pudessem aplacar a fome que sentiam um pelo outro e continuaram a dança no
ritmo deles.
_ A dama de vermelho está dançando comigo de rostinho
colado. Meu amor, não há ninguém aqui, só eu e você. Mas eu mal conheço essa
bela que está ao meu lado!
_ Isso podemos resolver!
Nada mais precisava ser dito. Silenciosamente seguiram para
o quarto e deram vazão ao que vinham contendo durante toda a noite. Se amaram
sem pudores. Depois de saciados, permaneceram deitados, entrelaçados. Antes de
adormecer ele lhe sussurrou:
_ Eu nunca esquecerei a sua aparência esta noite, meu amor.
_ O que você disse? – ela prguntou já um pouco sonolenta.
_ Eu nunca esquecerei sua aparência esta noite, querida. Minha dama de vermelho. Eu te amo! – ele disse
beijando-lhe a boca.
_ Eu também te amo Griss.
Adormeceram felizes. Estavam completos, tinham um ao outro.
The End!!
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